segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Sociedade e LIBERTAÇÃO!

Ontem tivemos o tema “SOCIEDADE” na mocidade através de uma dinâmica que fluiu de forma sensacional! Para ser sincero, eu mesmo não imaginei que surgiriam tantas reflexões individuais e uma participação tão intensa.
No momento da criação da dinâmica, eu e o Diego imaginamos algumas analogias para pôr em comparação com a vida real. No entanto, surgiram ainda mais analogias e correlações que foram surgindo espontaneamente durante o andamento da discussão, por isso, este foi um tema construído por todos!
Uma reflexão tamanha que acabou por se aprofundar em uma filosofia conjunta de livres pensadores sobre o automatismo (prisão) e o pensamento alternativo (libertação).

Vejam o quão complexo é um tema sobre a sociedade, afinal, como tratar de forma rasa um assunto que envolve diversas formas de pensar, diversos níveis intelectuais e numerosas personalidades individuais? Uma sociedade abrange muitos costumes, muitas certezas e muitas dúvidas, além de abranger um sistema comum de pensar, o qual foi implantado por ser mecânico e usual.
Mas aonde estão os que pensam sobre as formas alternativas de lidar com os prazeres e as dores da alma? Onde estão os que prestam atenção em cada ato próprio para não cair na rede do senso comum? Onde estão aqueles que procuram conhecer suas próprias más tendências assim como suas próprias qualidades somente para enxergar melhor qual o papel a se desempenhar neste mundo?

Estão aqui!!

Por isso, convido-vos a refletir e dividir esta reflexão! Ontem percebemos o quanto a falta de reflexão nos impede de auxiliar o progresso da humanidade, já que o remédio é pensar e depende somente de nós ter força de vontade para pensar, pois então que pensemos!

Começo esta reflexão com uma questão interessante:

Vocês já perceberam que muitos de nós (sim, estamos inclusos nessa) certas vezes reduzimos nosso auxílio e atenção para dedicar somente àqueles que temos mais afinidade, ou aos que nos agradam mais por motivos diversos? Se sim, por que vocês acham que isso acontece? E quais seriam esses possíveis motivos diversos?


Dan.

7 comentários:

  1. Somos seres sociais, mas sempre queremos estar com aqueles nos agradam ou pensam, isto porque requer um esforço muito menor para compreendermos o outro, ou mesmo como a maioria das vezes fazer suportar o outro.

    Durante a evolução biológica, sempre tendemos a fazer tudo pela lei do mínimo esforço (como tudo no Universo, segundo as ciências duras). E para pensar ou refletir gastamos: energia, tempo, etc.

    Quantos de nós estamos dispostos a ter esse custo? Quantos de nós queremos conhecer coisas novas para aplicar e mudar a nós?

    O novo é um mundo que nos deixa inseguros e medrosos.

    Sempre que falo do medo recorda a música do Lenine Miedo, temos medos de tudo e de nós mesmos!!!

    Quem tem a coragem de enfrentar a si e o desconhecido?

    A sociedade começa por nós!!!

    Acho que é isso!

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  2. Se há tanta coisa nova para ser feita porque passamos dias e dias fazendo as mesmas coisas? Será que viver em sociedade é ter que fazer as mesmas coisas de maneiras diferentes?

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    1. Thais, acredito eu, que o motivo pelo qual insistimos em fazer as mesmas coisas mesmo com tanto a ser feito, se dá pela cultura de mecanismo que adquirimos. Primeiro a sociedade cria um senso geral e comum que se torna seu guia, tudo que vai violentamente contra este conjunto de conceitos é um crime, e aquele que vai levemente no sentido contrário a esse conjunto acaba sendo pressionado para ser igual. Portanto, temos uma conduta fixada de como fazer tudo nessa vida, e a partir do momento em que não refletimos sobre a pertinência desta conduta, facilmente seguimos o que fomos criados para seguir. Está aí a importância do conhecimento e da formação da massa crítica, pois estas ferramentas podem lhe oferecer um pensamento alternativo, e te dar a chance de se desprender dessa massa devoradora de sonhos.
      Portanto, na maioria das vezes, não a seguimos porque queremos, e sim porque não há reflexão, só mecanismo.

      Daí a frase de Einstein que tenta nos despertar para esta reflexão: "Tolo é aquele que tenta obter resultados diferentes através dos mesmos meios".

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  3. Foi muito legal esse tema!!!

    "Penso, logo existo." (Descartes)
    Existo, logo faço parte da sociedade. Faço parte dela, logo tenho influência sobre ela e ela sobre mim.
    Acho que apesar de muitas vezes querermos, como disse o Ney, vivermos somente para nós mesmos ou para os nossos amigos/parentes mais próximos, por ser mais cômodo (e realmente o é), nós sempre estaremos sendo co-responsáveis por aquilo que acontece na sociedade ao nosso redor, tanto coisas que acontecerem de bom, como de ruim.
    Eu penso que as pessoas só se dispõem a auxiliar e dar atenção àquelas mais distantes (fisicamente e/ou socialmente) quando se dão conta de que apesar de isso ser incômodo e não ser fácil, trará um benefício maior que o custo. Acredito que esse "heureca" se dá aos poucos nas pessoas, e ele só não ocorre ainda em muitas pessoas por conta da ignorância (no sentido de "ignorar, não saber ainda") ou também por falta de vontade firme em querer isso, talvez por não saber a real importância de se importar com os outros.

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  4. Olá pessoal!
    Concordo com o que foi colocado até agora.
    O ser humano tem medo do desconhecido e é bastante cômodo trabalhar apenas com o que conhecemos, em nossos círculos. Além disso, há que se pesar o que foi falado, de que a motivação em expandir os círculos está ligada ao benefício que isso nos trará.
    Tudo isso é muito importante, mas acredito que também existam outros fatores limitantes e alguns são até positivos.
    No afã de querermos contribuir para uma sociedade, um mundo e um universo melhores não podemos nos esquecer de que não somos salvadores, super-heróis ou algo parecido.
    Muitas, mas muitas coisas mesmo não estão em nossas mãos para uma solução imediata. Até porque a solução de qualquer problema ou correção de qualquer desvio (em relação à nossa natureza divina) se dá gradualmente, iterativamente, aos poucos, unindo o conhecimento adquirido nas tentativas anteriores e isso num processo que sabemos infinito.
    Ainda aqui, eu me lembro do conceito de que para fazer um mundo melhor devemos começar por nos melhorar.
    Vejam que interessante: para que possamos trazer melhorias coletivas, precisamos nos organizar coletivamente, como foi visto na dinâmica. Mas aí é que começam os problemas, pois ao tentar nos organizar coletivamente, esbarramos nas diferenças que os outros possuem em relação a nós e talvez a mais importante nesse ponto é a diferença de valores.
    Os valores que trazemos em nós exercem um papel muito importante quando se trata de nos impulsionar à ação.
    Com os valores muito diferentes entre as pessoas, será muito difícil, senão impossível qualquer êxito na construção de uma sociedade melhor.
    Por isso procuramos círculos onde podemos atuar com pessoas que possuem valores parecidos com os nossos.
    Pode ser a família, os amigos, a mocidade, associações, etc...
    Mas mesmo em células como essas, há os embates entre essas células e as demais células da sociedade. Por isso a maioria dos tentames acabam sendo localizados, pontuais, temporários.
    Vejam o quanto isso é verdade olhando para o mundo à nossa volta! Quantas e quantas ótimas iniciativas ao redor do mundo já estão sendo executadas? Centenas, talvez milhares. Muitas delas inclusive são bem parecidas e podiam até se unir, mas há barreiras quanto a isso também, a começar pela falta de conhecimento das outras iniciativas, mas há barreiras políticas, de distância, de cultura e etc.
    Podemos diminuir essas barreiras? Sim, podemos!

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  5. Aliás, vivemos um momento fantástico para isso, onde a informação é compartilhada em qualquer hora e lugar com qualquer parte do mundo.
    É necessário, antes de tudo, criar massa crítica, espalhar a informação. Esse é o primeiro passo na minha opinião.
    É preciso espalhar as iniciativas, mostrar o quanto há de bondade, de amor, de luz sendo trabalhados ao redor do mundo.
    É necessário mostrar que outras pessoas, iguais a nós, nesse mesmo momento, sofrem, agonizam, estertoram e caem vencidas pelas injunções da vida material.
    É urgente demonstrar que o ecossistema de nosso planeta precisa de nossa ajuda para poder se manter e que podemos sim contribuir positivamente ao invés de negativamente.
    Paralelamente, é importante buscar diminuir as barreiras que impedem que essas células se comuniquem, se unam, se uniformizem e se tornem mais fortes e influentes.
    Para isso podemos facilitar a troca de informações, fortalecer a relação entre comunidades, regiões e países, criar fóruns específicos não só de blá blá blá e sim de planejamento para a ação, melhorar as leis e sua aplicação, enfim, há muito o que se fazer.
    Acredito que esteja bastante óbvio que para cada uma dessas possíveis oportunidades de ação, há muito o que se fazer antes de elas serem efetivamente plausíveis, ou seja, o trabalho é gigantesco.
    Esse é um processo longo, que não pode ser resolvido com soluções apressadas. É a evolução!
    Tal processo já está acontecendo, não precisamos nos desesperar. Podemos sim contribuir, mas acredito que a melhor contribuição é agir de forma diferenciada nos círculos que nos são acessíveis, a começar por aqueles mais internos, em nós mesmos. Outra valiosa contribuição é além da ação (ou seja, do exemplo), buscar esclarecer, ensinar, refletir em grupo, tornar essa iniciativa conhecida de quantos nos chegam à vida de relação (onde houver possibilidade, é claro).
    Acredito mesmo, que não é necessário se exasperar muito (um pouco sim) por criar um movimento de ação extensiva. O Bem é contagioso (felizmente).
    Basta que iniciemos a agir onde estamos. Que floresçamos onde Deus nos plantou.
    Uma afirmação que parece apenas um gracejo, mas que é tão profunda pode resumir um pouco a questão: “Todo mundo quer salvar o mundo, mas ninguém quer ajudar a mãe a lavar a louça”. 
    Enfim, somente a ruptura de nossas próprias barreiras e limitações, dos muros que construímos ao nosso redor, das armaduras que criamos é que vai nos permitir ir em direção ao outro.
    Somente o autoconhecimento e auto aprimoramento poderão nos levar a isso!
    Por que o medo de sair de si? De buscar o outro?
    Simplesmente e definitivamente: Não há o que temer!
    Avante!

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  6. Realmente. Muitas vezes, em conjuntos de pessoas com valores diferentes acontece uma estagnação dentro do próprio grupo, já que, apesar de ser um agrupamento com uma identidade e objetivo fixados, nele acontecem as guerras de ego, de temperamento e de imaturidade.
    Sendo assim, o grupo terá primeiro de gastar suas energias para sanar as divergências básicas e pessoais, para depois voltar sua atenção ao objetivo inicial. São dois trabalhos, quando podia haver somente um. Por isso é importante que os agrupamentos tenham perfil pre-fixado e que os integrantes não criem máscaras do que não são para nele entrar e somente causar discórdia.
    Não quer dizer que vamos conseguir evitar todo tipo de discordância na vida cotidiana, mas sim que poderemos organizar nossas ideias dentro de grupos com valores semelhantes, para que, mais tarde, levemos nossas ideias estruturadas à pauta com pessoas mais diferentes de nós, e por mais que joguemos "pérolas aos porcos" e/ou preguemos o "desinteresse aos avarentos", colocando bons conceitos no mundo estaremos contribuindo para a evolução contínua.

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